Olá a todos!
Nós que adoramos ostras, creio que trazemos a gula por esta iguaria tão rústica e ao
mesmo tempo tão nobre, por herança genética de nossos antepassados.
Como um ser vivo tão primitivo, uma pedra com miolo – como já ouvi de muitos leigos –
pertencente a este planeta desde tão longínquas eras geológicas, pode despertar tamanho
prazer gustativo? Mesmo os primeiros sapiens que ainda viviam em outros continentes antes da passagem pela Beringia (em contestação essa tese), já tinham esse molusco como o manjar dos mares.
Consumiam ostras com toda volúpia e em enormes quantidades, conforme pode ser
comprovado pelos imensos e inúmeros sambaquis deixados pela orla de todos os
continentes. Com quase toda certeza, preparavam esses bivalves sem nenhum
tempero, crus, colhidos diretamente de rochas intermareais com auxílio de alguma
ferramenta de pedra.
Eras se passaram e esse alimento continuou e, ainda continua, a frequentar a dieta de
consumidores de todo planeta. Planeta hoje em apuros e que, se os apreciadores de ostras quiserem, podem colaborar em sua salvação. Isso porque nossos amados seres conchíferos, também sequestram carbono da atmosfera. Em última instância ajudam a diminuir o efeito estufa provocado pelo excesso de gás carbônico (CO 2 ) na atmosfera.
Agora que você conhece mais esta proeza da ostra, deguste a próxima com esse novo
tempero. Saborosíssima!
De sobremesa estamos inaugurando esse blog, o qual pretende trazer informações gerais
sobre moluscos: cultivo, ecologia, sustentabilidade, gastronomia e etc.
De tudo um pouco será abordado de forma leve e irreverente temperando ainda mais esse
nosso prazer.
Saúde!