Qual o melhor tempero ou molho para servir com ostras?

Arrombasse! Algo cítrico. Não é, Laíla?

Exato! Não há coadjuvante melhor que limão para se adicionar a ostras frescas. O tempero perfeito para exprimir todo o frescor iodado desse manjar.

Mas qual a melhor “citricidade”? De onde roubar a mais equilibrada concentração de ácido cítrico para ser diluída no salino liquor que envolve o molusco? E de que fonte obter singular concentração para que a combinação possa melhor enaltecer o sabor dessa iguaria?

Esse ácido presente nas frutas, cítricas por sua razão, é um ácido orgânico fraco muito usado como conservante natural (antioxidante).

É nos limões que, entre todas as frutas da família – Rutácea, que também incluem as laranjas, limas, tangerinas, toranjas e cidras – se encontram as maiores concentrações de ácido cítrico: 5 a 7%.

E apesar de que muitas pessoas possam achar, o limão não agride o aparelho digestivo. Assim que seu suco alcança o estômago, reage quimicamente com o meio. Isto afeta imediatamente os líquidos corporais, através do seu poder de se combinar quimicamente com os minerais alcalinizantes.

Convencidos! Então agora para degustar só falta escolher o citrino que mais lhe agrada. Para tanto são cinco os principais limões que se pode encontrar no mercado brasileiro: limão siciliano, limão tahiti, limão cravo, limão galego e limão rugoso.

O limão siciliano (Citrus limon) é conhecido também como limão verdadeiro. Esta espécie é a mais consumida na Europa e nos Estados Unidos. Tem a casca bem amarela e o tamanho, no geral, maior que o da maioria das outras espécies. É bastante aromático; a fruta não possui uma polpa muito suculenta nem muito ácida, apresentando um sabor mais suave.

A espécie mais popular do Brasil é o limão tahiti (Citrus latifolia). Na verdade é uma lima ácida. Sua casca é fina, lisa e de cor verde escuro. A polpa apresenta uma grande quantidade de suco, sabor intenso e poucas sementes. Essa variedade é a que apresenta maior teor de ácido ascórbico (vitamina C).

O limão galego (Citrus aurantifolia) também não é limão. É outra espécie de lima ácida. Apesar de ser menor que o tahiti, muitos consideram que o galego seja mais saboroso. Essa variedade pode exibir uma casca amarelada quando madura. Tem o fruto muito suculento. Está desaparecendo do mercado de boa parte das regiões do Brasil.

O limão cravo (Citrus limonia) é facilmente identificado pela sua cor alaranjada, sendo muito parecido com uma laranja pequena. Conhecido também como limão rosa ou caipira, é o resultado do cruzamento de limão com tangerina. É a espécie mais suculenta e de sabor mais marcante, além de aroma bem característico. Sua casca é muito atacada por fungos o que lhe dá aspecto característico de desuniformidade na coloração e plasticidade.

Limão rugoso (Citrus jambhiri) também é um híbrido, resultado do cruzamento da laranja mandarim com limão. Tem um fruto grande comparado com os demais e, como o nome indica, sua casca não é lisa e apresenta deformações salientes, além de ser espessa. É bastante aromático e produz pouco suco com acidez não muito declarada.

No geral os principais nutrientes dos limões são vitamina C, ácido cítrico, diversos bioflavonoides, vitaminas do complexo B, folato, cálcio, ferro, magnésio, fósforo e potássio. Este é considerado um dos alimentos mais potentes com ação detox, contribuindo para eliminação de toxinas acumuladas.

Portanto, agora que você já está abastecido de informações suficientes sobre este fruto, pare e pense.

Quando lhe oferecerem um limão, você pode fazer uma limonada, ou…

Degustá-lo com algumas dúzias de ostras.

Saúde!

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